sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Visita ao município de Macaíba





No dia 3 de dezembro visitamos o município de Macaíba, exclusivamente o Solar Ferreiro Torto, considerado marco zero da cidade. O lugar possui um acervo raro que nos permite viajar no tempo. Construído no século XVII, o solar serviu durante muito tempo ao Engenho Potengi, primeiro engenho da capitania do Rio Grande. Depois da invasão holandesa, que deixou o espaço em ruínas, construiu-se no século XIX um novo prédio com traços da cultura portuguesa. Deste período datam diversas histórias, inclusive a da filha do senhor de engenho que se apaixona por um de seus escravos. O episódio ficou registrado permanentemente com a estátua do escravo que foi enterrado vivo por ter se envolvido num amor proibido. Dentro da casa, o maquinário do engenho - peças imensas, que representam a tecnologia daquela época. Também é possível encontrar outros artefatos curiosos, como os móveis da família que viveu ali. Para registra um deles, destaco a cadeira para criança, que possuía dupla funcionalidade: de um jeito servia para sentar, de outro para rezar - ajoelhada sobre o móvel.
No primeiro andar do casarão, os quartos da família e outros cômodos curiosos. Existe o quarto das amas de leite, onde as escravas que estavam no período de amamentar cuidavam dos filhos do senhor da casa. Outro lugar curioso, parecido com uma toca, que comporta alguém de maneira bem desconfortável - reza a lenda - serviu para castigar escravos indisciplinados. Num dos quartos, do andar de cima, uma homenagem aos filhos ilustres de Macaíba. Neste encontram-se fotos e textos que representam figuras de grande importância para nossa cultura: Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, professor e inventor do Balão Pax; Alberto Maranhão, duas vezes governador do Rio Grande do Norte; Auta de Souza, poetisa, conhecida internacionalmente; Henrique Castriciano, professor e fundador da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.


Texto: Afonso Barroso

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