quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Notícia: Diva Cunha na Academia Norte-rio-grandense de Letras


Na próxima quinta-feira, 2 de junho às 20h, a poetisa Diva Cunha deixará de ser “igual a tantas”, pois entrará para o rol dos imortais. A poetisa tomará posse na Academia Norte-rio-grandense de Letras, ocupando a cadeira de nº 30, que tem como patrono Monsenhor Augusto Franklin e que foi ocupada por Manuel Rodrigues de Melo e Aluízio Azevedo.



Tenho que me revelar
Antes que fique doida
Antes que fique santa
Assim mortal
Serei igual
A tantas



Lançamento: O Silencioso Exercício de Semear Bibliotecas



Na próxima sexta-feira, dia 17, às 11h30, a poetisa Marize Casto estará autografando o seu mais recente trabalho, resultado da sua dissertação de mestrado em Educação. O livro intitulado O Silencioso Exercício de Semear Bibliotecas é um ensaio sobre Zila Mamede e o seu trabalho de implantação de bibliotecas públicas do RN, que resultou na criação das principais bibliotecas do nosso Estado, incluindo a da Universidade Federal e a Estadual Câmara Cascudo.

PETianas em Seminário Internacional

As petianas Luanna Ferreira, Eliana Barbosa, Fátima Lopes, Thalita Machado e Arly Silva participaram do XIV Seminário Nacional Mulher e Literatura e V Seminário Internacional Mulher e Literatura – Palavra e Poder: RepresentAÇÕES literárias, realizado de 04 a 06 de agosto, na Universidade de Brasília. Na ocasião, apresentaram pôsteres sobre Nísia Floresta, Zila Mamede e a Via Láctea de Palmyra e Carolina Wanderley.
 


Eliana Barbosa e Luanna Ferreira

Fátima Lopes

Thalita Machado e Arly Silva

Entrevista: Tiago Gonzaga

O Prêmio Literário Revelação “O trem da minha vida”, instituído pelo Curso de Letras da UnP e pelo PET Literatura do Rio Grande do Norte, destina-se a distinguir, anualmente, uma poesia inédita de alunos da Universidade Potiguar. Thiago Gonzaga do Santos, aluno concluinte do curso Letras, foi o vencedor do concurso e conversou sobre poesia com Larissa Pereira Soares e Thalita Soares Machado, alunas da 4a série de Letras e bolsistas do PET Literatura do Rio Grande do Norte.
Thiago Gonzaga e Conceição Flores

PET: Como você define sua a poesia?

Thiago: Na verdade, eu não sou poeta, sou amante da poesia. Então por gostar de poesia, eu me atrevo, algumas vezes, a escrever. Eu gosto principalmente de poetas do RN, e acredito que a poesia a gente aprende a fazer lendo, então à medida que eu vou lendo, vou conhecendo mais, aí me dá vontade de escrever algo parecido.

PET: Faz muito tempo que você escreve poesias?

Thiago: Na verdade, não. Eu escrevo há pouco tempo e também descobri a poesia há pouco tempo. Então a descoberta da poesia, principalmente a norte-rio-grandense, fez com que eu também fosse me descobrindo, descobrindo meus dotes. Minha vontade de colocar alguma coisa para fora é mais recente.

Entrevista: Clotilde Tavares



Isaac Isidoro e Fátima Lopes, alunos do grupo PET de Literatura Norte-rio-grandense, entrevistaram nesta segunda-feira a escritora Clotilde Tavares. Após a entrevista, a escritora proferiu a palestra “A Literatura de Cordel” para um auditório lotado por alunos dos cursos de Letras e Pedagogia. A palestra foi empolgante e os alunos não “arredaram pé”. Na ocasião, a escritora divulgou o seu novo livro O Verso e o Briefing: A Publicidade na Literatura de Cordel lançado pelo selo Jovens Escribas.


Foto: Clotilde Tavares
PET: Quais foram suas primeiras leituras?

Clotilde Tavares: Eu aprendi a ler sozinha, nas manchetes do Diário de Pernambuco. As primeiras palavras que aprendi a ler foram: “Diário de Pernambuco”. Eu tinha três anos de idade quando aprendi a ler. Meu pai era jornalista, poeta e vinha de uma linhagem de jornalistas, o pai dele também escrevia, os irmãos eram poetas, e eu fui criada numa casa cheia de livros, onde a principal de diversão era ler, ouvir rádio e conversar sobre o que se lia e o que se ouvia no rádio. E eu lia o que me aparecia pela frente; não tinha separação entre leitura para adulto e leitura para criança. Claro que tinha os livros de contos de fadas, mas outras leituras circulavam pela casa. E eu sou mergulhada na leitura desde que me entendo por gente.

Entrevista: Gisele Werneck e Rinaldo de Fernandes


O projeto Cais da Leitura e o grupo PET – Literatura do RN, em parceria com o selo Jovens Escribas, receberam os escritores Gisele Werneck (MG) e Rinaldo de Fernandes (PB) para uma conversa com alunos do 4º Centenário e estudantes do curso de Letras da Universidade Potiguar – UnP. Gisele Werneck, que também é atriz e roteirista, estava de passagem por Natal acompanhando o seu marido, Danilo Perrotti, que está dando a volta ao mundo de bicicleta, e foi convidada por Carlos Fialho, escritor potiguar, para um bate-papo sobre literatura ao lado de Rinaldo de Fernandes, Doutor em Teoria e História da Lliteratura pela UNICAMP, e professor da UFPB que veio lançar o seu livro de contos O professor de piano, pela 7Letras. Gisele também estava divulgando o seu mais recente romance, Onde Judas Perdeu as Botas, pelo selo Que Viagem. Na ocasião, os bolsistas do grupo PET – Literatura do RN, Canniggia Carvalho e Liliane Tavares, alunos de Letras do 4º período, entrevistaram os dois escritores.
Foto: Fernanda Grigolin

PET: Como surgiu o seu interesse pela Literatura e quando se descobriu escritora?

Gisele Werneck: Eu venho, como todo escritor, da leitura. Sempre li. Essa coisa de ser mineira, a casa sempre cheia de livros de autores mineiros, como Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino. Na verdade, eu nunca pensei em ser escritora, eu tinha outros planos para o meu futuro. Sempre fui mais ligada à área da cena, a minha formação é em teatro, só que eu tinha uma necessidade expressiva muito grande, tinha que estar sempre criando. Tem até uma cena do filme Contos Proibidos do Marquês de Sade, que ele escrevia com o que tinha, com sangue, com vinho, e eu tinha uma necessidade expressiva que o teatro não supria, então, desde muito nova, eu anotava poesia, fazia um conto, até que um dia eu pensei: “vou fazer um romance”. Eu já tinha escrito uns contos, e fluiu muito, e as pessoas diziam que eu tinha fôlego para um romance, então, eu comecei a escrever. Eu sou ficcionista, eu gosto de escrever, no máximo, conto, poesia eu não me arrisco.

Entrevista: Iracema Macedo

Foto: Arquivo
Iracema Macedo (Natal, 1970) é poeta e professora de filosofia do IFF-Cabo Frio, RJ. Licenciou-se em Filosofia pela UFRN em 1991, concluiu mestrado na mesma área na UFPB, em 1995, e defendeu doutorado em Filosofia na Unicamp, em 2003. Publicou os livros de poesia Lance de dardos, Edições Estúdio 53, Rio de Janeiro, 2000; Invenção de Eurídice, Editora da Palavra, Rio de Janeiro, 2000; Poemas inéditos e escolhidos, Sebo Vermelho, Natal, 2010. Em 2006, lançou sua tese de doutorado: Nietzsche, Wagner e a época trágica dos gregos, Annablume, São Paulo, 2006. Viveu em Ouro Preto por vários anos e trabalhou como professora pesquisadora da CAPES junto ao Departarmento de Filosofia da UFMG, em Belo Horizonte (2003-2007), e como professora visitante do Departamento de Filosofia da UERJ (2007-2008). Recebeu os seguintes prêmios literários no Rio Grande do Norte: Othoniel Menezes (1992), Myriam Coeli (1992) e Auta de Souza (1994). Blog: http://foliasofia.blosgpot.com.

Abaixo entrevista com a autora realizada pelo jornalista Sidnei Schneider, para a revista Verbo 21.

Entrevista: Marize Castro

"Com a maturidade, a poesia se tornou ainda mais necessária em minha vida" 
Arquivo Pessoal/Divulgação

A poetisa Marize Castro lançara hoje, dia 14, às 19h, no Teatro Alberto Maranhão, o seu mais novo trabalho intitulado Habitar Teu Nome. Abaixo uma entrevista com a poetisa por Sérgio Vilar:. 

Marize Castro: procura palavras em campos nunca habitados. Talvez por isso o perigo na ousadia da procura e na oferta do resultado. Habitar Teu Nome (Editora Una, 67 pág. R$ 20) mexe com os sentidos do leitor. E por isso, perturba, causa estranheza. É um novo mundo descortinado, escancarado em frases montadas pelas palavras escondidas. Quem desejar mergulhar no desconhecido e achar uma poesia única, versátil, o livro será lançado no pátio interno do Teatro Alberto Maranhão, às 19h.

Entrevista: Nei Leandro de Castro


O escritor Nei Leandro de Castro esteve em Natal para participar da Ação Potiguar de Incentivo à Leitura, organizada pelos Jovens Escribas e, no dia 17 de outubro, concedeu entrevista às bolsistas do PET Julianeide Herculano e Fátima Lopes.

Foto: Canniggia de Carvalho
PET: Como nasceu o escritor? Quais suas influências?

Nei: Bom, eu comecei escrevendo poesia. Eu tive uma infância normal de jogo na rua, de mergulho no rio Potengi, mergulho no poço dentão. Aos 16 anos, não sei por que, escrevi um poema e como meu pai gostava de poesia - inclusive foi ele que me deu o primeiro livro para ler, Capitães de Areia, de Jorge Amado - eu mostrei para ele. Eu estava chegando em casa, à tardinha, e meu pai estava lendo o poema para os meus irmãos, que eram uns quatro, cinco. Foi a gozação maior do mundo: “Olha é poeta!”. Parecia que estavam me chamando de “baitola” e liam meus versinhos. Eu fiquei chateadíssimo com meu pai, porque mostrei a ele confidencialmente. Passei muito tempo sem escrever depois disso, profundamente aborrecido com a brincadeira dos meus irmãos. Depois eu fui apresentado a um poeta, que era subtenente da polícia, um tio de Dorian Gray Caldas, o tenente Luis Rabelo. Foi ele que me orientou na poesia e na literatura, me emprestando muitos livros. Outro estágio, também muito importante, foi quando eu escrevi uma redação. Estudava no Atheneu, e o professor Luis Maranhão – em saudosa memória, um grande intelectual, político, foi massacrado por Sergio Fleury a pancadas, porque era do partido comunista, e também era irmão do prefeito Djalma Maranhão – publicou minha redação escolar sem dizer nada, de surpresa. A minha redação foi parar no jornal Tribuna do Norte e Newton Navarro, que era muito conhecido em Natal, publicou na coluna dele: “Nasce um escritor”. Eu quase morro de felicidade! Tinha só 16 anos. A partir daí eu tive contato com Newton, com Zila Mamede, maravilhosa, que me deu muitas indicações de leitura. Adorava essa mulher.

Entrevista: Nivaldete Ferreira

A escritora Nivaldete Ferreira concedeu-nos uma entrevista nesta última quarta-feira, dia 01. A poetisa falou sobre o seu primeiro romance, Memórias de Bárbara Cabarrús (2008), e os seus trabalhos com a poesia, teatro e a música, além do seu prazer pela pintura e fotografia. Abordou também a sua relação com a palavra e como se origina o seu texto, discutindo temas como estilo e o seu fazer poético. Nivaldete, que também é professora do Departamento de Artes da UFRN, falou sobre as suas “máscaras” e o desapego de seus livros, lembrando dos seus caminhos que vão desde Nova Palmeira (PB) até a sua chegada em Natal – “Memórias são ácidos e brinquedos. Mais ácidos que brinquedos, talvez”.

Foto: Canniggia de Carvalho
PET: Como, quando e por que começou a escrever? Como nasceu a escritora?

Nivaldete: Eu acho que a gente nunca sabe por que quer escrever, eu acho que é um vício, talvez pelo gosto da leitura. Pode derivar daí o gosto por escrever. Eu acho que é querer experimentar aquilo que experimentou lendo, experimentar fazendo, produzindo, é como quem come um pão e quer fazer o pão com todo o atrevimento. E como eu nasci em Nova Palmeira que, no tempo, nem cidade era, a leitura era a minha diversão, era o meu parque de diversão, era o que eu tinha para fazer. Então eu acho que me entreguei muito e comecei a escrever por uma necessidade, escrevi até sobre a praia sem ter visto praia, só de ouvir falar. Minha mãe falava de uma menina perdida numa praia, a menina era eu que já estava perdida e não sabia.

Entrevista: Sérgio Fantini


Foto: Canniggia de Carvalho
  Em passagem por Natal para o lançamento do seu livro Silas pelo selo Jovens Escribas, comandado pelo escritor potiguar Carlos Fialho, o autor mineiro Sérgio Fantini concedeu uma entrevista ao grupo PET Literatura do Rio Grande do Norte de Letras da Universidade Potiguar – UnP. Numa entrevista descontraída, Fantini falou sobre a sua relação com a literatura e sobre o seu novo livro. 

PET: O seu livro, Silas, é o resultado da junção da novela “Diz xis” e mais quatro contos com o mesmo personagem. Por que resolveu reunir os contos e a novela num livro só, uma vez que eles foram publicados em anos e livros diferentes? Existe uma relação entre eles?