No
dia 18 de novembro, fizemos uma viagem de estudo à cidade de Ceará-Mirim, com o
intuito de conhecer in loco a
história da região, terra de poetas e escritores, entre eles a memorialista
Magdalena Antunes e o poeta Franklin Jorge. Ao chegar à prefeitura, fomos
recepcionados pelo barão e pela baronesa de Ceará-Mirim, nossos guias na visita
pela cidade e pelos canaviais, região onde ficam os antigos engenhos. Nas
proximidades da prefeitura encontra-se a antiga casa do barão, o mercado
público, a casa de seu filho, que fica em frente ao mercado, e a casa de
cadeia, situada atrás do mercado. Em seguida, fomos visitar a Igreja Matriz, a
maior igreja católica do Estado. No decorrer da viagem, conhecemos vários
antigos engenhos, hoje abandonados, em ruínas, e alguns, conservados, entre
eles, o Verde-nasce. O engenho Guaporé, pertencente ao Barão de Ceará-Mirim, está
completamente abandonado e esquecido pelo poder público. O engenho Mucuripe
permanece com todo o seu maquinário e possuí as maiores chaminés da região. As
ruínas do engenho Cruzeiro, que foi o maior engenho da região, encontram-se
encobertas parcialmente por terra e areia. Vimos as ruínas do Oiteiro, engenho
onde a escritora Madgalena Antunes passou a infância e que dá nome ao livro de
memórias de sinhá moça. Os engenhos foram, durante o século XIX e início do XX,
a maior fonte da economia do Estado, respondendo por de 90% da economia
norte-rio-grandense.
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